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Com esta “esquerda radical” os capitalistas podem dormir tranquilos
19/05/2012

O chefe do syriza oferece-se para colaborar com a UE – Carta de vassalagem a Barroso, Rompuy & Draghi

Os grandes media tudo têm feito para iludir dois factos acerca dos resultados eleitorais na Grécia. Um, que o povo grego rejeitou esmagadoramente as políticas de “austeridade” que lhe vêm sendo impostas; outro, que só há uma consequência lógica para essa recusa: o combate contra esta UE do grande capital. É para alimentar a ilusão de que dentro desta UE existe alternativa favorável aos povos que o PEE é financiado e o SYRIZA é tratado com tanta simpatia.

Alexis Tsipras é a nova coqueluche dos media franceses e europeus. Estranha complacência da parte dos media ao serviço da ideologia dominante para com um líder que se pretende da “esquerda radical”.

É preciso dizer que as declarações e propostas do líder do SYRIZA não são para inquietar nem a classe dominante grega nem a europeia.
Para além das viragens tácticas e das posições cambiantes ao sabor das oportunidades políticas, o SYRIZA e o seu líder permanecem firmes acerca de certos princípios: a reforma do sistema capitalista e a defesa da União Europeia.
Sem tentar enumerar a lista das propostas oportunistas de Tsipras ao longo destes últimos anos – um único artigo não seria suficiente – se se limita às últimas semanas, é edificante a constatação da compatibilidade desta “esquerda radical” com o sistema dominante e o teor das propostas de “governo de esquerda” lançadas ao KKE: 

UM GOVERNO DE ESQUERDA NO INTERESSE DO CAPITAL GREGO E EUROPEU 

Um “governo de esquerda” em colaboração com o grande capital:
“Um governo de esquerda necessita dos industriais e dos investidores. Ele tem necessidade de um ambiente económico saudável. Tem necessidade de leis meritocráticas (…) Os investimentos podem ser positivos num quadro meritocrático, com leis neste sentido, e não num quadro gangrenado pela corrupção e as maquinações”. (Tsipras, Alexis, na cadeia de TV pública NET, 05/Maio/2012).
Um governo de esquerda ampliado… até à direita:
“Se temos necessidade de cinco votos da parte do sr. Kammenos (presidente de uma nova formação direita neoliberal, os Gregos Independentes) e se ele vier para nós e nos der um sinal de abertura e de apoio, nós não o rejeitaremos; não lhe diremos que não o queremos”. (Tsipras, Alexis, na cadeia TVXS, 25/Abril/2012)

Um “governo de esquerda” para salvar a Europa do capital:
“Só a esquerda europeia pode garantir uma União Europeia baseada na coesão social”. (Tsipras, Alexis, no jornal TA NEA, 02/Maio/2012). 

QUANDO O LÍDER DA “ESQUERDA RADICAL” PROPÕE SEUS SERVIÇOS AOS DIRIGENTES DA UNIÃO EUROPEIA PARA SALVAR A “EUROPA” ! 

Alexis Tsipras foi mais além das declarações de princípio quanto ao apoio à União Europeia. Numa carta dirigida pessoalmente a José Manuel Barroso, a Herman van Rompuy e a Mario Draghi, (aqui em grego no sítio web do Synapsismos) ele revela a sua verdadeira missão: a de participar no salvamento da União Europeia.

Com efeito, esta carta de queixas transforma-se rapidamente numa proposta de colaboração dirigida às altas instâncias da União Europeia.

Ele principia pela constatação: a da rejeição do Memorando, dos partidos que o defenderam nas eleições de 6 de Maio. A seguir, sublinha “o fracasso económico destas políticas, incapazes de tratar as desigualdades e desequilíbrios estruturais da economia grega”.

Vem então a ocasião de propor os serviços do SYRIZA, única formação a ter “notado suas fraquezas inerentes à nossa economia”, uma economia que afundou pois a classe dirigente grega “ignorou nossas recomendações em termos de reformas estruturais”.

Ler entre as linhas: connosco no comando, a estabilidade da economia capitalista grega teria sido assegurada.

Que receita económica propõe o SYRIZA? Nenhuma medida precisa é evocada entre aquelas que por vezes o SYRIZA avança diante do povo grego (aumento dos salários, das prestações sociais, etc). Tsipras evoca apenas a necessidade de inverter a “dinâmica da austeridade e da recessão”.

Qual a perspectiva para corrigir a austeridade de que é vítima o povo grego?
Primeiro, “Restaurar a estabilidade social e económica do país”, dito de outra forma, restaurar a ordem capitalista na Grécia.

A seguir, numa perspectiva de restauração da estabilidade económica e social à escala europeia. Trata-se “de repensar toda a estratégia actualmente executada, pois ela ameaça não só a coesão e a estabilidade da Grécia como também é fonte de instabilidade para a União Europeia e a própria zona euro”.

Tsipras acaba com um vibrante apelo à colaboração de todas as forças para salvar a Europa , e à concentração das decisões no escalão europeu:
“O futuro comum dos povos da Europa está ameaçado por estas escolhas desastrosas. É nossa convicção profunda que a crise económica é de natureza europeia e que a solução não pode ser encontrada senão ao nível europeu”.

A habilidade dos media dominantes, na Grécia, em França e alhures, consiste e fazer passar um servidor zeloso da União Europeia do capital, a nova personagem de uma social-democracia de substituição, como o chefe da oposição de esquerda ao consenso liberal e europeísta dominante.

Com uma tal oposição oficial, a classe dominante europeia pode ao mesmo tempo continuar sua política de super-austeridade enquanto neutraliza a emergência de uma alternativa política a este sistema económico predador, que é o capitalismo, e esta construção política anti-democrática que é a União Europeia.

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