O C. S. Madia Leva como colectivo laico e feminista expresa o seu mais profundo rejeitamento perante as últimas manifestaçons em contra dos direitos das mulheres. As mulheres galegas consideramos o aborto como um direito fundamental da mulher que permite a soberania sobre o nosso próprio corpo, garantindo a escolha dumha maternidade desejada e responsável. Exigimos ser nós mesmas as que tenhamos o poder de decissom e controlo sobre o nosso corpo e sobre os nossos direitos sexuais e reprodutivos. Esta decissom nom a podem tomar nem a Igreja, nem a classe política, nem os tribunais médicos. Entendemos a sexualidade nom só como maternidade. Também queremos gozar do nosso corpo, viver livremente as nossas relaçons sexuais sem ter que ata-las à reproduçom.
Associaçons como “PRO-VIDA” ou ”HAZTE OIR” pretendem o fortalescimento da ultra-direita e a recuperaçom do modelo tradicional-patriarcal de familia. Que o bispo de Lugo presida estas manifestaçons e chame a mobilizar a todas as paróquias evidencia esta situaçom. A Igreja católica capitanea esta nova ofensiva patriarcal.
Desde a sua hipócrita e misógina postura aparentam defender o “direito à vida” perseguindo o aborto, mas também o uso dos anti-conceptivos, o divórcio, a homosexualidade ou as relaçons sexuais antes do “matrimónio”. Nom podemos esquecer os crimes e abusos que a Igreja cometeu ao longo da história, muitos ainda na memória de todas da mao do Franquismo ao que tanto devem. Também é estranho que os mesmos que na sua emisora justificam o massacre de crianças em Palestina agora lhes preocupe tanto as que ainda nom nascerom.
As mulheres feministas de Lugo imos luitar sem tregua por um aborto livre e gratuito, conscientes de que nesse caminho serám muitos os atrancos dos reaccionários, mas sabemos que passo a passo venceremos!
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