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A crise do capitalismo e a tarefa dos comunistas revolucionários
01/03/2012
Magno Francisco da Silva

A atual crise do capitalismo, se iniciou em 2008, já está chegando ao seu quarto ano e vêm provocando verdadeiros cataclismas na economia mundial. Muito embora vários velhos remendios venham sendo utilizados para conter os efeitos da maior crise econômica desde o Crack de 1929, os pensadores e economistas da burguesia ainda não conseguiram encontrar uma solução.

Para tentar minimizar os danos provocados a imagem do capitalismo, os meios de comunicação escondem dados e não mostram a verdadeira face da realidade social. Entretanto, mesmo com tanto esforço é dificil esconder a realidade, pois ela é brutal, violenta.
Apenas entre 2008 e 2009 o numero de pobres na Europa saltou de 85 milhões para 115 milhões. Somente nos Estados Unidos a população pobre atinge 50 milhões. O numero de desempregados no mundo atingiu a marca de 200 milhões de pessoas e 1,3 Bilhão de pessoas passam fome no mundo.

O fato é que, assim como a grande crise de 1929, a atual crise do capitalismo atingiu em cheio o sistema nervoso da economia mundial, os Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Itália, Inglaterra, Japão e China. Este fato coloca por terra todo o discurso da inteligentsia burguesa, que apresentava aos quatro ventos a imunidade das principais potências como imbatíveis as críses. Para os ideólogos do capitalismo, crise econômica sempre foi coisa dos subdesenvolvidos, ou seja, da periferia do capitalismo.

Outro elemento agravante da crise é o desemprego, não causado pela recessão, mas, um desemprego estrutural. Por exemplo, a Aple tem 700 mil operários na China e não nos EUA. As indústrias automobilísticas estão espalhadas no mundo em locais onde a força de trabalho é mais barata. Como consequencia desta situação, nos países centrais há o aumento do desemprego e do nível de endividamento da população.
Além disto, o capital financeiro domina a economia. Atua na indústria e comércio, mas, obtém maior lucro através de empréstimo, agiotagem, que permite ganhos absurdos, através dos juros que os bancos cobram dos Estados. O resultado é que os EUA têm uma dívida de U$$ 15 trilhões, a Grécia não tem dinheiro para pagar a parcela da dívida que vence em março, para isso, precisa de um novo empréstimo, entretanto, nenhum banco se dispõe a emprestar porque o Estado Grego não tem dinheiro. Portugal e Irlanda estão na mesma situação.

Para tentar remediar a situação, os governos burgueses adotam medidas de austeridade, cortam salários, retiram direitos, deixam de investir. Com estas medidas se aumenta a pobreza, reduz-se o consumo, agravando a crise. A economia passa a funcionar com um espiral negativo, ou seja descrescente e sem solução.

Não bastasse toda o controle do capital financeiro sobre a econômia e a prática da ingerência indireta na política dos países, criou-se a moda agora das intervenções diretas. É o caso do governo da Grécia, onde o Banco Mundial e o FMI indicaram um interventor para administrar o país. Para piorar, há uma tentativa de impor esta receita a todos os países que estão endividados.

A força da intervenção do capital financeiro na economia e na política também está expressa no Brasil. Para pagar os juros da dívida pública recentemente a presidente Dilma Roussef decidiu cortar 55 Bilhões do orçamento público, em 2011 já havia cortado 50 bilhões. O resultado desta prioridade em atender os banqueiros, é que apenas no ano passado foram pagos R$ 237 bilhões com os juros da dívida. É exatamente por este motivo que a saúde, educação, segurança vivem num estado extremamente precário.

O capital financeiro também controla a indústria bélica. Como se sabe, as guerras são sempre mecanismos utilizados pelos países imperialistas para dominar mais mercados, explorar mão de obra a preços mais baixos e controlar novas riquezas naturais. Além disto, com as guerras, se fabricam e se vendem mais armas, aquecendo o mercado bélico.

Não é atoa que a Libia foi invadida recentemente, mas não conformados, os senhores do capital financeiro junto aos governos dos países imperialistas planejam invadir o Irã e ameaçam constatemente a Coréia do Norte.

Realmente não há nada mais importante para que o capital que o lucro. Não importa se nas guerras morrem inocentes, crianças, idosos, se a familias daquelas pessoas serão destruídas. Tudo isto só demonstra a falência do capitalismo e os danos que esse sistema promove a humanidade, causando dor e miséria.

Contra esta política e essa exploração, os trabalhadores da Grécia, da França, Portugal, China, Espanha, Estados se levantam e realizam greves gerais e manifestações. Antes considerada falecida pelos pensadores do capitalismo, a classe operária está demonstrando seu papel protagonista nas lutas sociais e enfrentando os ataques da burguesia.

Diversos países da Afríca como a Tunísia, Egito, fizeram revoluções democráticas, mas a denominda Primavera Árabe não paraou por ai, uma onda de revoltas tem sacudido outros países do continente como: Síria, Iemem, Bahrein. Antes habitada apenas por magnatas e banqueiros a praça de Wall Street nos Estados Unidos agora é ocupada por milhares de trabalhadores que realizam protestos diários no lugar que é o simbólico do capital financeiro.

Como se pode negar a intensificação da luta de classes neste cenário que vivemos? De um lado os capitalistas para tentar salvar a economia de mercado atacam os trabalhadores, do outro lado, trabalhadores de todo o mundo se levantam para garantir seus direitos e uma vida digna. A intensificação da luta de classes sempre se radicaliza. Ou a classe operária radicaliza em direção a superar o capital ou a burguesia radicaliza sua forma de governar, ou seja, a extrema-direita pode ascender ao poder em vários países.

No Brasil, apesar de toda a propaganda do governo e da imprensa sobre a imunidade do país frente a crise é possível constatar que os efeitos da crise não custarão a chegar ao País. A Vale do Rio Doce, uma das principais exportadoras do País, já registrou queda nas vendas no ano de 2011. Isso acontece por que o Brasil é fundamentalmente uma economia exportadora de comodoties. Se os principais compradores das exportações brasileiras estão em recessão, como garantir estabilidade nas vendas?

Alguém poderia afirmar que o Brasil tem um grande mercado interno para garantir o aquecimento da economia, mas convenhamos, este mercado interno tem limite, principalmente por que a imensa maioria da população brasileira vive com dívidas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, 58.8% das familias do País estão endividadas.

Para agravar a situação, a presidente Dilma, resolveu congelar os salários dos servidores públicos, que representam simplesmente 15 milhões de pessoas. Como se vê, o esgotamento do mercado interno e a recessão atingindo a econômia dos principais compradores das exportações brasileiras, são elementos que apontam a gestação da crise no Brasil.

Apesar de tudo isto, segundo dados do DIEESE o preço da cesta básica no Brasil só cresce nesse início de 2012. Em Brasília o aumento foi de 4,72%, João Pessoa 3,90%, Florianópolis 3,51%, Rio de Janeiro 3,35%, Recife 3,32%, Curitiba 3,17% e Aracaju 3,11%. Analisando de Fevereiro de 2011 à Janeiro de 2012 capitais como São Paulo tiveram um aumento no preço dos alimentos de 9.30%, Florianopólis 10,16% e Belo Horizonte 9,81%.
Entretanto, os trabalhadores brasileiros vem apresentando uma grande disposição de lutar. Trabalhadores do Correio, Petroleiros, Bancários e diversas outras categorias realizaram greves e obtiveram vitórias. Ao todo foram realizadas mais de 600 greves no Brasil em 2011, o maior número dos últimos cinco anos.

No serviço público, mesmo com os constantes ataques do governo federal, os trabalhadores realizaram grandes greves, como a dos professores e funcionários das universidades. As bandeiras da luta contra a privatização, terceirização, e contra o congelamento dos salários tem nortearam as greves dos servidores federais em 2011 e prometem se repetir em 2012.

Os professores das redes estaduais de ensino realizaram greves em 22 estados do Brasil no ano passado, bombeiros, policiais civis e militares também foram a luta. Já este ano, os policiais militares da Bahia realizaram uma grande greve, inclusive ocupando o prédio da Assembléia Legislativa. Em outros estados este movimento tende a se repetir.

Na construção civil também acompanhamos greves em todo o país, como é o caso dos operários de Caruaru, que obtiveram reajuste salarial de 12%. Em praticamente todas as obras da copa do mundo foram registradas greves. Na greve dos operários que trabalham na reforma do Estádio Maracanã, o presidente do Sindicato da Construção Pesada chegou anunciar o fim da greve, mas os trabalhadores seguiram a greve até conquistar as reivindicações.
Toda esta disposição de luta dos trabalhadores brasileiros aponta uma conexão com a luta dos trabalhadores em todo o mundo. Mas acima de tudo, demonstra que o cenário do futuro recente será de várias transformações. As direções sindicais que não estiverem conectadas com a disposição de luta dos trabalhadores serão atropeladas pela revolta das massas em obter direitos e melhores condições de trabalho.

O projeto reformista do PT é incapaz de resolver os problemas fundamentais do povo. Restringem sua atuação a construir acordos eleitorais que em nada mudam as relações de exploração estabelecidas na sociedade preservando o aumento dos lucros dos capitalistas.

Nosso primeiro dever é mostrar as condições de exploração que estão submetidos os trabalhadores brasileiros. A situação nunca foi tão favorável para realizar a propaganda das idéias revolucionárias. Portanto, é papel dos comunistas revolucionários atuarem cada vez mais nos sindicatos, construir oposições sindicais, organizar a lutas das mais diversas categorias, atuar entre as mulheres combatendo o machismo, lutar contra toda opressão. Os trabalhadores precisam saber, que os capitalistas são seus inimigos e que não há saída para a felicidade no capitalismo.

Mas não basta desenvolver a luta imediata, é necessário desenvolver as lutas políticas, é fundamental apresentar uma grande propaganda do socialismo onde exista exploração. É determinante realizar uma grande difusão das idéias do Partido, realizar uma grande agitação do seu programa revolucionário. É preciso recrutar e organizar células do Partido nos locais de trabalho, nos bairros.

Em síntese, a principal tarefa dos comunistas revolucionários é criar as condições para difundir as idéias revolucionárias e desenvolver o crescimento do Partido, aumento sua influência entre a classe operária. É preciso ter em mente sempre a máxima: “ Sem Revolução não há socialismo, sem Partido não há revolução.

O ambiente é favorável a luta. As condições são favoráveis à participação dos trabalhadores. O trabalho do Partido crescerá e se tornará uma poderosa força, se soubermos nos conectar a disposição de lutar do povo trabalhador. A continuidade do capitalismo representa a destruição da humanidade e a intensificação da luta de classes exige uma atuação cada vez mais decidida dos comunistas revolucionários. Que saibamos cumprir nossa missão histórica!
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